Qua, 08/12

Programa da TV Brasil discute a decisão do TCU de revisar as indenizações pagas às vítimas da ditadura


3a1

Indenizações dos anistiados

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Programa discute a decisão do TCU de revisar as indenizações pagas às vítimas da ditadura

O 3 a 1 desta quarta (8) vai discutir a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de revisar as indenizações pagas às vítimas da ditadura militar. A decisão foi tomada em agosto deste ano e provocou muita polêmica entre o Ministério da Justiça e entidades ligadas às vítimas e aos direitos humanos.

As vítimas, ex-presos políticos, tiveram o reconhecimento do governo brasileiro há oito anos após a regulamentação da Lei. A partir daí começaram a ser pagas as indenizações aprovadas pela Comissão da Anistia do Ministério da Justiça. Até hoje foram pagos R$ 4 bilhões em benefícios envolvendo mais de 9 mil processos de reparação econômica, desde 2001.

Para debater esse assunto o programa recebe o procurador Marinus Marsico, do Ministério Público junto ao TCU; a advogada Alexandrina Cristensen, presidente da Associação Brasileira de Anistiados Políticos; e o advogado Paulo Abrão, Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. A apresentação é do jornalista Luís Carlos Azedo.

Frases:

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Marinus Marsicor

Procurador Marinus Marsico

“Não se trata de revisão, mas de fiscalização de gasto público.”

“A intenção é das melhores possíveis. Mas na prática é complicado.”

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Advogada Alexandrina Cristensen

“A forma como foi proposta a revisão é que está angustiando os anistiados.”

“Não podemos aceitar mais uma revisão que depois vai voltar para o Ministério da Justiça. Isso é uma angústia muito grande. Eu sou jovem, mas, e os mais velhos? Aqueles que tem mais de 90 anos vão esperar até quando?”

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Paulo Abrão

Advogado Paulo Abrão

“Hoje não nos cabe mais questionar os critérios do legislador.”

“A decisão do TCU faz com que o processo de reparação às vítimas não acabe mais.”

“O Estado demorou mais de 30 anos para dar uma resposta às vítimas e ainda colocou para essas vítimas o ônus da prova. O Estado pediu desculpas e agora, 10 anos depois, reabre essa discussão?”

“Não se trata de analisar papéis porque nem todos os documentos estão disponíveis. A Comissão da Anistia fez um trabalho de oitiva das vítimas e testemunhas.”

“Se a decisão do TCU for de revisão de cada processo, queremos que o TCU não se preocupe com documentos, mas que escute as vítimas e testemunhas, que reconstrua historicamente os fatos.”

Horário: 22h

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Fonte: TV Brasil/3a1
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Postado por Gilvan Vanderlei
Ex-Cabo da FAB – Vítima da Portaria 1.104GM3/64
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