Ex-Cabo da F.A.B. Pós 1964

Vítima da Portaria nº 1.104-GM3/64
Depoimento do Major Brigadeiro-do-Ar RUI BARBOSA MOREIRA LIMA.
História
Comandante da Base Aérea de Santa Cruz entre 14 AGO 1962 e 02 ABR 1964, quando foi então cassado pela Ditadura Militar. Autor de vários textos sobre aviação e sobre os integrantes do Grupo de Caça, o mais destacado deles o livro "Senta a Pua!".
Piloto de combate da esquadrilha verde, tendo executado 94 missões de guerra. Sua primeira missão foi em 06 NOV 44 e sua última em 01 MAI 45. Em 18 Jun 45, partiu de Pisa para os EUA para levar novos aviões P-47 para o Brasil.
"O julgamento dos anistiados políticos"
Esta obra reúne o inteiro teor dos julgados das questões apresentadas nos requerimentos de anistia formulados perante a Comissão criada pela Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002, que normatiza a anistia política ampla, porque não dizer amplíssima, pois envolve os preceitos traçados, praticamente todos abertos, cujos requerimentos foram julgados pelo colegiado da Comissão de Anistia, presidida inicialmente pelo Dr. Petrônio Calmon Filho, membro do Ministério Público do Distrito Federal e, depois pelo autor dessa obra, Dr. José Alves Paulino, membro do Ministério Público Federal.
O dispositivo constitucional assegura as promoções, na inatividade, ao cargo, emprego, posto ou graduação, sem qualquer indenização ou pagamento. E mais, não admite efeito retroativo à sua data, ou seja, antes da promulgação da Constituição.
Somente recentemente, em 2001, é que o Estado resolveu regulamentar o art. 8º do ADCT e o fez pela Medida Provisória nº 2151, que, sendo reeditada foi se aperfeiçoando, sofrendo melhorias até a Medida Provisória nº 2151-3, que em decorrência da mudança do sistema de edição de medidas provisórias, passou a ser Medida Provisória nº 65, de 2002.
Estas após discussões com os membros do Legislativo, Executivo e representantes dos anistiandos e anistiados políticos foi melhorada e aperfeiçoada, sendo convertida pela Lei nº 10559, de 13 de novembro de 2002, que criou o Regime Jurídico do Anistiado Político.
"O DIÁRIO DE GUERRA"
“Antes de entrar em combate na Campanha da Itália, resolvi escrever um diário de guerra bastante resumido, registrando no mesmo: o número de cada missão, data, objetivo a atacar, nomes dos pilotos, horas voadas e, após regressar fosse nas barracas em Tarquínia ou no Albergo Nettuno em Pisa o resumo da missão, citando os danos causados ao inimigo, bem como os erros, que eram constantes, quando o alvo era uma ponte ou cortes de estrada de ferro.
O meu diário foi escrito a partir da minha primeira missão de combate em 6 de novembro de 1944, terminando com a minha nonagésima quarta missão em 1º de Maio de 1945.
O Armistício na Itália foi assinado no dia seguinte, em 2 de maio de 1945, significando para o Teatro de Operações no Mediterrâneo o fim da 2ª Guerra Mundial. O anúncio foi dado pelo rádio: “the war is over!” Eram 10 horas da manhã. Naquele 2 de maio, data inesquecível para mim, apenas dois pilotos do Grupo voaram, Meira e Tormim, cumprindo a missão da madruga de reconhecimento metereológico no Vale do Pó. O Armistício em toda Europa foi assinado no dia 8 de maio de 1945.”
Major Brigadeiro do Ar - RUI MOREIRA LIMA
GILVAN VANDERLEI
Foi Cabo da AERONÁUTICA e pertenceu ao quadro dos RADIOTELEGRAFISTAS de Terra, tendo prestado efetivo serviço na Estação Rádio ZWRF, no Serviço Regional de Proteção ao Vôo (SRPV) do II Comando Aéreo Regional (II COMAR), tendo sido licenciado e excluído do estado efetivo da Força Aérea Brasileira (F.A.B.) como Suspeito Comunista por força “imperiosa” da Portaria nº 1.104-GM3/64, editada arbitrariamente pelo Ministro da Aeronáutica, em 12 de outubro de 1964.

3 Comentários do post " Rádio Remember is Living FM – Online – Olinda / Pernambuco "
Follow-up comment rss or Leave a TrackbackÔôô… Sr. , ilustríssimo Vanderlei, e todos mais:
Podem me chamar de velho e nacionalista, mas as melhores músicas (em letra e melodia), não apenas por recordar um bom momento… (que é outro critério para se achar que uma música é boa), são as músicas da da década de 70 para traz.
VEJA O MEU GOSTO MUSICAL:
De passagem: fui aluno da Escola de Música Villa Lobos, aqui no RJ.
MEU GOSTO MUSICAL: eu sou um sambista inveterado. MEIO CRIOUOLO MESMO !
De maneira que eu coloco DUAS em 1º lugar: “Eu sei que vou te amar (Vinicius de Moraes) e Aquarela do Brasil (Ary Barroso)
EM SEGUNDO LUGAR:
Uns 30 a 40 sambas de compositores variados, A BOSSA NOVA EM GERAL e mais: Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Gonzaguinha, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, João Nogueira e Diogo Nogueira, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho,Cartola, Nelson Cavaquinho, Caymme, (honoris causa: Noel Rosa, Pixinguinha, Lamartine Babo e outros daquela época), SAMBA INSTRUMENTAL, SEJA DE ORQUESTRA ou PEQUENOS GRUPOS.
EM TERCEIRO LUGAR:
Vem uns 700 ou 800 sambas, ainda…, rsssss…
DEPOIS:
Um bolerinho tipo: La Barca; internacional, tipo: Moonlight Serenade de Glenn Miller, também vão bem. E uma ou outra internacional.
Gosto muito tb de chorinho, frevo, valsa, os clássicos do baião (Luiz Gonzaga), ciranda, embolada nordestina, etc. – Para ouvir esta modernidade que temos hoje: prefiro ouvir um DOBRADO MILITAR… = tem tantos espetaculares como “Cisne Branco”, A Marselhesa, Hino do Expedicionário, Hino da Infantaria… , etc…
Não sendo sertanojo, “baianês” (aquele pula pula da Bahia), funk e o Safadão… , vamos levando…
Como dizia Vinicius: “eu sou o branco mais preto do Brasil”
rsssssssss….
PEDRO GOMES.
Uma visão de PEDRO GOMES — querendo saber e acertar mais…
Ex-3ºSgt da FAB – preso político em 1976 por DUAS VEZES, como suspeito de subversivo, anistiando desde 2002.
Email: perogorj@gmail.com
SEGURA ESTAS DUAS AÍ:
Cresci no Morro – Martinho da Vila
Eu cresci no morro e me criei na cidade
Saí do submundo e penetrei no seio da alta sociedade
E já hoje em dia pego o meu carro
E vou à boite, banquete, coquetel, não sou tatibitati
Tenho argumento pra qualquer bacharel
Tenho argumento pra qualquer bacharel
Mas quando eu chego no morro
Calço o meu charlote, dou o braço à escurinha
Tomo uma bebida quente na tendinha
No jogo de ronda eu esqueço da vida
Não é mole não
Mas eu sou considerado pela turma que descamba
Pego o pandeiro e caio logo no samba
Já me disseram que eu sou um malandrão
E A SEGUNDA:
Que Nem Jiló – Luiz Gonzaga
Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce, aí é ruim
Eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer
Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar…
PEDRO MUSICAL… , rssss…
Uma visão de PEDRO GOMES — querendo saber e acertar mais…
Ex-3ºSgt da FAB – preso político em 1976 por DUAS VEZES, como suspeito de subversivo, anistiando desde 2002.
Email: perogorj@gmail.com
Aos meus companheiros FABIANOS, contemporâneos dos anos 70/80/90 que acessam este Portal; minha sugestão para ouvir é a terceira música da relação:
Kate Bush – "Wuthering Heights" – 1990
Querendo, assista ao Vídeo:
Frt 73 a todos.
Vanderlei
Gilvan VANDERLEI
Ex-Cabo da FAB – Atingido pela Portaria 1.104GM3/64
E-mail gvlima@terra.com.br
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