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No DOU 097 de hoje, segunda-feira, 21/05/2012, Seções 1, 2 e 3 não tem nenhuma publicação relativa ao GTI Revisor.

Na Seção 1 páginas 21 e 22 traz a pauta de julgamentos a ser realizada amanhã dia 22/05/2012 que inclui o nome daquele marinheiro que ficou conhecido como o Cabo Anselmo.

Abcs/SF.

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OJSilvaFilho
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Ex-Cabo da FAB vítima da Portaria 1.104GM3/64
Email: ojsilvafilho@gmail.com

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DOU 097 21MAI2012_450x121DOU nº 097, Seção 1, egunda-feira, 21 de maio de 2012, Páginas 21 e 22.

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PAUTA DA 8ª SESSÃO DE TURMA

A SER REALIZADA EM 22 DE MAIO DE 2012

O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ANISTIA do Ministério da Justiça, criada pelo artigo 12, da Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002, torna público a todos os interessados e aos que virem a presente PAUTA, ou dela conhecimento tiverem, que no dia 22 de maio de 2012, a partir das 13 horas, no Auditório Tancredo Neves do Ed. Raymundo Faoro do Ministério da Justiça, sito na Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Brasília, DF, realizar-se-á Sessão da Comissão de Anistia.

Nº Requerimento   Tipo     Nome                                             Relator

1. 2004.01.42025    A        JOSÉ ANSELMO DOS SANTOS  – Conselheiro Nilmário Miranda

2. 2010.01.67160    A        ANIVALDO PEREIRA PADILHA  – Conselheira Carolina de Campos Melo

3. 2010.01.67567    A        FERNANDO AUGUSTO DE SANTA CRUZ OLIVEIRA  –  Conselheiro Cristiano Paixão

R        ANA LÚCIA VALENÇA DE SANTA CRUZ OLIVEIRA

4. 2010.01.67568    A        ANA LÚCIA VALENÇA DE SANTA CRUZ OLIVEIRA  – Conselheira Eneá de Stutz e Almeida

(…)

Legenda:

A – Anistiando
R – Requerente

PAULO ABRAO PIRES JUNIOR

Comissão de Anistia julga Cabo Anselmo nesta terça

cabo-anselmoCabo Anselmo durante entrevista ao programa Roda Viva, em outubro de 2011

Arquivo O Globo / Eliária Andrade

Nilmário Miranda, ex-preso político e ex-ministro dos Direitos Humanos será o relator

BRASÍLIA – Um dos mais rumorosos e nebulosos episódios do regime militar, o caso de Anselmo José dos Santos, o Cabo Anselmo, será julgado amanhã pela Comissão da Anistia, como antecipou Ancelmo Gois em sua coluna no O Globo. Marinheiro que atuou dos dois lados na ditadura, Anselmo pleiteia, além da condição de anistiado político, a contagem do tempo que teria sido perseguido para efeitos de aposentadoria e também indenização em prestação única de R$ 100 mil. Os integrantes da comissão ainda não estão plenamente convencidos de sua atuação.

O relator do processo de Anselmo será o ex-preso político Nilmário Miranda, ex-deputado federal do PT e ex-ministro de Direitos Humanos do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Nilmário atuou contra a ditadura e ficou preso durante três anos e meio, além de ter os direitos políticos cassados por cinco anos.

No seu processo na Comissão de Anistia, Anselmo reconhece que colaborou com os militares e que, a partir de suas informações, militantes de esquerda foram mortos. Nilmário Miranda explicou que, no processo, Anselmo argumenta, para obter a anistia e seus benefícios, que, antes de passar a ser colaborador dos militares foi perseguido pela ditadura, teve seu nome na lista de atingidos por um Ato Institucional, foi julgado, condenado, preso e exilado.

— É o primeiro caso desse tipo na comissão. A primeira vez que alguém alega ser vítima e simultaneamente reconhece ter participado e admite que mudou de lado mesmo. E que participou de inúmeros casos que resultaram em mortes. Mas se considera anistiável, em função do período anterior — disse Nilmário Miranda ao O Globo.

— É completamente diferente de alguém que colaborou sob tortura. E a comissão vai ter que decidir — completou o relator.

Uma turma especial, com onze conselheiros, julgará Cabo Anselmo. Ele entrou com o processo na comissão em abril de 2004, mas não houve julgamento por falta de documentação. Diligências com solicitação de documentos foram feitas nesses anos. Apenas do Arquivo Nacional foram enviados, no mês passado, cerca de 4 mil documentos daquele período onde aparecem o nome do ex-líder da revolta dos marinheiros.

Apesar de ter sido preso por dois anos — logo após o golpe — entre 64 a 66, exilado e atingido por um ato institucional, Anselmo ainda não convenceu os integrantes da Comissão de Anistia. O conselheiros têm dúvida sobre a data real que passou a colaborar com os militares, a partir de novos documentos que receberam. A versão oficial diz que Anselmo virou delator a partir de 1971, depois de ter sido novamente preso após voltar do exílio.

Para o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, essas dúvidas somente serão dirimidas com a presença de Anselmo no julgamento amanhã.

— Seria importante que aparecesse para prestar esclarecimentos de fatos à Comissão de Anistia — disse Paulo Abrão.

Em entrevista ao programa “Roda Viva”, em outubro do ano passado, Anselmo disse que não se arrepende de nada do que fez, nem de ter entregado militantes à morte, assassinados em emboscadas armadas pelas forças de repressão. O ex-militar estima ter contribuído para a morte de até 200 pessoas durante o período do regime militar.

Fonte: O Globo.Com

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Postado por Gilvan Vanderlei
Ex-Cabo da FAB – Vítima da Portaria 1.104GM3/64
E-mail gvlima@terra.com.br