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Estimados colegas de luta:

Lendo e relendo o que o Dr. Vilson Marcelo Malchow Vedana, Consultor Jurídico do Ministério da Defesa, escreveu num oficio (Fls 1 e Fls 2) a um digníssimo Deputado Federal, fiquei imaginando coisas, mas vamos ao famigerado texto do consultor, que é uma primazia de manifestação nazipetista, na sua pior e mais baixa virtude humana, se é que este tipo de gente (!) a possuísse.

Em um pedido de anulação de anistia concedido a um ex-cabo da Aeronáutica, justificando-se o consultor acima, a NEGAÇÃO AO DIREITO, saiu-se assim com sua mórbida linguagem, escrevendo ele:

… Problemática: Ex-cabo que recebeu elogio individual por ter participado dos acontecimento de 31 de março de 1964 (!) por sua atuação ciosa, decidida e firme, com idealismo ardoroso e lealdade em todas as circunstâncias, mesmo nos momentos críticos e “de importância capital para o futuro do Brasil”. Hoje, é anistiado político (!) …

Mais adiante no mesmo documento, o mesmo consultor, decorre de comentário da pior espécie, indicando de que nada entende de altivez, caráter, hombridade, dignidade, sobriedade e amor à Bandeira que tenha jurado defender, se as Forças Amadas tivesse servindo, sentenciou ele:

… entendeu-se oportuno enviar também, como exemplo, uma (dentre muitas) situações de caso concreto, que demonstra perfeitamente a absoluta improbidade da forma como foram realizadas, no passado, os julgamentos de anistias políticas de ex-cabos (Portaria 1.104-GM3/64), já que se trata de caso de anistiado político que, segundo consta de seus registros funcionais, teria ativa e elogiadamente participado dos atos de 31 de março de 1964, em favor da força militar…

Vejamos então as coisas que eu estava imaginando. Se no sábio e virtuoso entender deste consultor nazipetista, que um militar que serviu as Foras Armadas, tivesse tocado fogo no quartel, explodido com algum avião ou colocado veneno no rancho, hoje seria um herói honrando e certamente já anistiado.

Durante os meus anos de caserna, na BACO, mais precisamente no Esquadrão de Caça, onde também servia a Pátria com grande destaque um piloto de Caça, o Ten. Saito, hoje Comandante da Aeronáutica.

Coloco para vocês colegas, e, inclusive ao Brig. Juniti Saito, atual Comandante da Aeronáutica, a seguinte questão:

– Se eu (como revolucionário) tivesse invertido a data de manutenção ou não tivesse encaminhado a guia para autorizar a substituição dos pinos das asas, condenados pela fadiga, no seu avião, e o ilustre Ás de então, que com foguetes cortava o trilho que seguravam os tambores no Campo de Treinamento e Tiro de São Jerônimo, quando puxava o manche para sair fora do mergulho, como tão bem e melhor fazia do que os demais Caçadores, deixasse para trás as duas asas do seu TF-33.

Pergunto:

– Seria eu hoje um assassino, mas um herói anistiado, ao passo que o senhor um heróico montinho de cinzas?

Pelas palavras deste consultor do MD, o militar que não tivesse cumprido com sua honra (coisas que estes nazipetistas desconhecem) o Sr. Brig. Juniti Saito, bem que poderia ter sido derrubado pelo CB Nélio, se este aqui, comunistazinho fosse

Mas não. Como o CB Nélio não fora e nunca será comuna, não pegou em armas, não matou inocentes, nem tentou derrubar o Ten. Saito, mas honradamente cumpriu com o seu dever de militar, com juras de lealdade diante da Bandeira, mas assim mesmo depois por um artifício maluco (Portaria 1104) foi detonado da sua carreira, agora não tem direito a anistia.

Sr. Brig. Juniti Saito, em quem o senhor confiaria a manutenção de seu avião?

– A um leal e honrado (e elogiado) CB da Aeronáutica?

– Ou a um nazicomuna, embevecido pelo ódio vermelho e pronto para derrubar alguém?

Estimado Brigadeiro, o senhor escolhe, o senhor é que está no Comando.

Tristemente.

Nélio J. Schmidt
Ex-Cabo da Aeronáutica

Mesmo sem anistia, mas com muita honra pelo cumprimento à Bandeira que jurou.

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Postado por Gilvan Vanderlei
Ex-Cabo da FAB – Vítima da Portaria 1.104GM3/64
E-mail gvlima@terra.com.br